Crônicas de uma Exploradora do Invisível.

sábado, 2 de março de 2013

Profecia


Eles se terão, peito sobre peitos.
Peles que se alongam até o gigantesco.
Eles se haverão de ter, lindamente mútuos
Insistentes
Espirrando cores sobre os muros e paredes.
Se roçarão e
Se aspirarão, assim mesmo como se fossem
Carreiras de fragmentos aromáticos
Carreiras de desilusão.

O cordão de cruz balançará sem piedade característica
Fará cócegas por cima do suor vermelho,
Encontro restaurado.
A profanação romântica.
Enganchará na cordinha preta
Que o segura
- ai, ao redor do pescoço, como Judas
e lança o pingente para o meio das costas
Que lugar de cruz é nas costas.
E as unhas
E as pontas da madeira
Furam na certa pressão
Imersa em ritmo
De dança que limita o ardor e a dor.

Mas é o tempo
Que antes os terá sobre a barriga.
Quando eles se tiverem, será
Por dias e por horas
Que nenhuma preocupação se ocupará de contar.
Quando se tiverem, serão conjugadores
Do deitar, do muito, do rio, do leito.
O rio quente o escaldar o renascer
.
Pois que toda morte é
Linda
E é pura
No que purifica a vida.
A que fica,
Que resta
Sobre os dedos que
Descansarão quando se tiverem.