Piscou o sono dos olhos e viu ao redor o que há um segundo era sonho. Lábios que se movem a intervalos, soltam risos esporádicos. E se destacam, muito vivos, num rosto pálido demais.
Quando ele está sério, é bonito. O rosto está em harmonia: testa sem rugas, olhos atentos, nariz no lugar. Quando ele ri, tudo sai do lugar. Dentes pequenos, olhos semi-sombreados, nariz muito grande.
Vulnerável, e próximo.
Prefere esta parte. Prefere-o vivo e verdadeiro por baixo da máscara de antipatia. Prefere quando ele fala, devagar como se estivesse nervoso. E ri de um jeito sério – se isso for possível.
Nos olhos, constantemente graves.
Voltou a fechar os olhos. Começou a pensar coisas desconexas. E seguiu o rumo daquele desejo, de ter as pontas dos dedos dele sobre o seu coração.